Após mais de duas décadas foragido, Roberto Nogueira de Oliveira foi finalmente julgado e condenado a 27 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime fechado pelo assassinato brutal de sua companheira cega, Sônia de Azevedo, em 2001. O julgamento foi realizado nesta terça-feira (24), no município de Alexânia, sob condução do juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende.

O crime ocorreu no dia 29 de janeiro de 2001, em uma chácara próxima à BR-060, nas margens do Rio Areia, quando a vítima foi esfaqueada 12 vezes após uma discussão iniciada porque ela teria deixado suas sandálias caírem dos pés. Segundo as investigações da época, Roberto agrediu Sônia com chutes, obrigou ela e o filho de 8 anos a deitarem no chão e, em seguida, cometeu o assassinato.

O acusado foi localizado e preso apenas em agosto de 2024, na cidade de Navegantes, em Santa Catarina, após 23 anos foragido. A sentença do Tribunal do Júri reconhece o crime como feminicídio, com agravantes como a vulnerabilidade da vítima e a presença da criança.